25 de fevereiro de 2023
Um ano de guerra na Ucrânia: globalistas ou multilateralistas? *
Em artigo publicado no início deste mês, o
jornalista Seymour Hersch contou que, a 26 de setembro de 2022, uma
operação do governo norte-americano – com a colaboração da Noruega –
destruiu os gasodutos russos Nord Stream 1 e Nord Stream 2,
programados para fornecer 50% de energia à Alemanha.
A imprensa corporativa não atribuiu qualquer importância à informação
mas uma parte dos comentaristas independentes estimou que se tratava do
maior ato de terrorismo praticado por um país contra outro em mais de um
século, especialmente quando se considera que não existe nenhum estado
de guerra entre as duas nações.
A Rússia se sentiu no dever de levar a
questão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, um fórum criado
originalmente para arbitrar questões desta relevância. Apesar do
enorme escândalo que envolve a explosão de uma propriedade de um
país executada por um outro, a discussão sobre o fato – como tantas
outras anteriores – foi mais uma vez postergada.
11 de fevereiro de 2023
Lula tira a máscara (e vira um
teddy bear*
americano)
Este é um ritual que se repete a
cada quatro anos. O presidente de uma república situada nos trópicos se
dirige à metrópole dominante para se apresentar aos seus superiores e
receber algumas instruções destinadas ao exercício de seu mandato.
Nos últimos dias, esse ritual
acaba de se repetir. De um lado, Joseph Biden, um veterano político
norte-americano que foi guindado à condição de presidente da república
numa eleição em que foram apontados vários indícios de fraude. Já
curvado ao peso da idade, esse senhor vem apresentando inúmeros sinais
de senilidade, comunica-se com o seu país por meio de um teleprompter ou
por mensagens de ouvido que lhe são passadas por seus assessores, comete
frequentes gafes ao trocar nomes de lugares e confundir fatos
históricos, e não se caracteriza por nenhuma originalidade em suas
declarações que expressam invariavelmente uma altiva arrogância quando
se dirige àqueles que ousam discordar de seus propósitos imperiais.
Sem embargo, muitos observadores
em seu país consideram que o poder de que dispõe para o exercício do
cargo é muito limitado e seu governo exprime apenas a vontade de grandes
grupos econômicos que o levaram ao cargo e que controlam o chamado
deep state (estado paralelo) ,
que rege de fato o establishment norte-americano.
No momento em que sete países da Europa e da Ásia - Dinamarca, Noruega, Islândia, Estônia, Lituânia, Luxemburgo, Letônia, Itália e Tailândia - decidem suspender a compra, distribuição e aplicação da vacina da AstraZeneca, também conhecida como vacina de Oxford, em razão do aparecimento de muitos casos de coágulos sanguíneos após a sua inoculação, um grupo de cientistas e médicos enviou uma carta aberta à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) solicitando uma resposta urgente a questões relativas à segurança das vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca. (Sérvulo Siqueira)
Segue o texto da carta:
Carta Aberta Urgente de Médicos e
Cientistas para a Agência Europeia de Medicamentos sobre Preocupações
com a Segurança da Vacina COVID-19
21 de janeiro de 2021
Um conto de Cinderela no coração das trevas
Nos anos 30 do século passado,
logo após o crash da Bolsa de
Valores de Nova York em 24 de outubro de 1929, a realidade econômica e
social norte-americana era assustadora.
Em Hollywood, do
outro lado do país, nem tudo parecia tão sombrio para a indústria do
entretenimento do cinema que, com sua política de filmes baseada sobre
vários gêneros dramáticos explorava o imaginário popular e oferecia uma
válvula de escape à população com a produção de comédias de costume
recheadas de intrigas no estilo dos filmes de Preston Sturges, esfuziantes
musicais com cenas em piscinas, adaptados por Mervyn Le Roy e Busby
Berkeley dos teatros da Broadway, operetas de Lubitsch, dramas de Frank
Capra e William Wyler e filmes de aventura onde já pontificavam as
nascentes estrelas de Gary Cooper, James Stewart e Clark Gable. Não
poderiam faltar também os policiais de Howard Hawks (Scarface,
entre outros) e as fitas de faroeste de John Ford onde a presença da
violência, um elemento constante na história do país, era compensada pela
vitória do mocinho no final da narrativa.
12 de agosto de 2020
Muito além da Covid-19
Em letras garrafais, os chamados
blogs sujos, na verdade os antigos sites
chapa branca dos governos
Lula e Dilma, trombeteiam manchetes anunciando que a Covid-19 já
provocou mais de 100 mil fatalidades. Na mesma linha, médicos e até
mesmo um cientista famoso responsabilizam a inépcia do atual governo
pela tragédia.
3 de agosto de 2020
Mascarados ou Desmascarados?
Apontada em 30 de janeiro de 2020 como uma pneumonia viral pela Organização Mundial de Saúde, a Covid-19 foi transformada em pandemia pouco tempo depois e os métodos de contenção da doença se propagaram de modo quase uniforme por uma grande parte do planeta.
Menos de seis meses desde a sua emergência em diferentes pontos do mundo, a estratégia de combate à doença começa a mostrar a sua verdadeira face e revela uma curiosa simbiose entre as técnicas de investigação policial e de controle da criminalidade e as terapêuticas propriamente médicas e científicas.
Aplicativos de
rastreamento de controle de contatos entre pessoas sadias e contaminadas
para posterior isolamento dos doentes, triagem de enfermos e sua separação
dos entes queridos, criação de redes de monitoramento e vigilância,
distância obrigatória de 1,5 a 2 metros, quarentena forçada da população,
imposição do uso de máscaras e possível obrigatoriedade de vacinas com a
inserção de microchips no organismo, censura aos médicos que ousam
discordar das técnicas de profilaxia da doença, sem contar a perspectiva
de utilização no futuro do uso da inteligência artificial − na forma de
robôs – para tratamento dos pacientes, vão criando pouco a pouco o
cenário de uma verdadeira sociedade totalitária.
10 de
junho de 2020
A morte como fé, não como temor
Observações sobre a PLANdemia da Covid-19
É mais fácil enganar as pessoas do que convencê-las de que foram enganadas.
Mark Twain
─ O que acha dos médicos?
Caso resolva fazer uma pequena pesquisa entre seus amigos e conhecidos
mais próximos com essa pergunta, você encontrará certamente as mais
diversas opiniões, a maioria delas sendo provavelmente pouco elogiosa, e
até mesmo profissionais dessa área da saúde manifestarão desconfiança
sobre a conduta de seus colegas.
As razões poderão variar desde o pouco
interesse pelo verdadeiro estado do paciente, a falta de competência e
conhecimento do assunto, o mercenarismo, o espírito corporativo que
norteia o exercício da profissão, responsabilizando o paciente e se
eximindo de suas próprias falhas, etc.
1° de julho de 2018
Os gladiadores do velho colonialismo e do
emergente neonazismo
Um dia após o 14 de julho, em que
a
gendarmerie francesa
– para comemorar a queda da Bastilha em 1789 – impôs um
cerco à cidade de Paris, criando assim um universo
concentracionário ainda maior do que a antiga prisão, a
seleção nacional de futebol da França derrotou, após um
jogo conturbado, a equipe representante da Croácia e
conquistou a 21ª edição da Copa do Mundo da FIFA.
Com seu time recheado por
estrangeiros ou descendentes de imigrantes, a vitória
francesa pode ser vista como a afirmação dos valores do
velho colonialismo que oprime os povos dominados,
saqueia suas riquezas e utiliza sua força de trabalho
para seus propósitos de lucro e grandeza sobre a seleção
da Croácia, que encarna hoje os valores de eugenia
racial praticados no país nascido no final do século 20,
onde desde algum tempo se cultiva um conceito de pureza
étnica que foi explorado em proveito próprio pelos
nazistas na 2ª Guerra Mundial.
O grande número de
gols contra (12) e de penalidades máximas (29) cometido durante os pouco
mais de 30 dias do torneio dão bem a medida do caráter defensivista que
permeou as partidas. A média de gols por jogo (2,6 por partida), uma das
mais baixas da história das Copas – agravada ainda mais pelo fato de que
destas anotações 40% delas nasceram de jogadas iniciadas a partir de uma
bola parada, o que por sua vez denota a falta de capacidade dos atletas
para a prática do jogo coletivo, que constitui a verdadeira essência do
esporte − também indica a ausência de habilidade e destreza demonstrada
pela grande maioria dos atletas para colocar a bola dentro dos limites de
2,44 metros de altura
por 7,32 metros de largura
da trave defendida pelo goleiro.
14 de abril de 2018
Piratas do espaço na sociedade do espetáculo
Inglaterra: o império onde o sol nunca nasce.
(James
Joyce.
Ulisses)
A história não deixará de registrar que na noite de ontem – uma
sexta-feira, 13, deste mês de abril – um presidente da república de
um país, que vem sendo sucessivamente derrotado nas últimas guerras
que empreendeu, anunciou pela televisão um ataque a uma nação por
motivos que não foram explicados até hoje e que dificilmente poderão
ser cabalmente demonstrados.
Os países
agressores alegaram que agiam em represália a um ataque com armas
perpetrado pela Síria contra uma população indefesa em um território
ocupado por terroristas a mando dos Estados Unidos, Inglaterra e França.
Por sua vez, as autoridades sírias afirmam que o objetivo do ataque se
deve a uma verdadeira queima de arquivo, ou seja, à intenção desses
países de eliminar os indícios de que o ataque com armas químicas foi
executado por seus aliados.
19 de janeiro de 2017
Barack Obama, este já vai tarde...
Amanhã é um dia em que a humanidade deve se encher de júbilo porque o comandante em chefe da maior potência bélica do mundo, criador das operações de aviões não tripulados (drones) que todas as terças-feiras assassinam cidadãos em todo o planeta, mesmo quando eles se encontram em casamentos e funerais acompanhados por pessoas presumidamente inocentes, deixará de exercer este poder.
Eleito sob a aura de
mudança (change), Barack Hussein Obama prosseguiu de forma
insistente a política belicista de seu antecessor George W. Bushinho
e, na verdade, ainda a ampliou ao atacar novos governos seculares do
Oriente Médio e do Norte da África, o que levou destruição e morte a estas
regiões, causando um fluxo de refugiados que inundou os países da Europa
9 de
novembro de 2016
O título acima poderia servir como corolário de uma fábula moral em que ‒ ao final ‒ uma criatura malévola termina sendo castigada por suas atrocidades.
Há, no entanto, muitos outros elementos na
história. O mais importante deles é que os cidadãos norte-americanos que
ontem elegeram maciçamente Donald Trump como o próximo presidente do
país não se deixaram levar por uma das mais grosseiras campanhas de
manipulação da opinião pública da era moderna.
11 de outubro de 2015
Bush and Obama Age of
Terror
Bush and Obama Age of Terror, episódio da série
Untold History of the US de Oliver Stone, apresentado pelo canal Showtime
e reproduzido aqui,
aparece de imediato como um golpe político de mestre de seu produtor e
diretor.
29 de setembro de 2015
─ Vocês se dão conta do que fizeram?, perguntou hoje Vladimir Putin na
inauguração da 70ª Assembleia das Nações Unidas.
O presidente russo lembrava que ─ com o
fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética ─ o mundo encontrou
uma oportunidade para finalmente viver uma era de paz.
A resposta de Barack Hussein Obama tanto
pode ser interpretada como o fruto de uma postura arrogante e hipócrita,
típica de uma sociedade que vem desde há algum tempo mergulhada numa
cultura isolacionista e que se rendeu ao mito de sua própria
“excepcionalidade”, como a expressão de uma doença esquizofrênica que
tende a ser indicativa de uma progressiva decadência.
28 de setembro de 2015
As imagens na nossa História
As imagens desempenham um papel fundamental na nossa História. Faraós egípcios buscavam preservar na vida e na morte a sua própria imagem. Reis e rainhas se faziam retratar por pintores e escultores e isto tornou possível que artistas de grande talento pudessem sobreviver por meio deste ofício. Durante o Barroco, a Igreja Católica ─ confrontada pela Reforma Protestante ─ preencheu os templos com as mais suntuosas imagens.
Nos dias atuais
da “sociedade do espetáculo”, os políticos também se transformaram em
estrelas no grande circo do show-business. A 70ª Assembleia Geral das
Nações Unidas ofereceu algumas imagens, registradas pelos fotógrafos da
imprensa mundial, que são bem indicativas do momento que vivemos.
31 de maio de 2015
Estados Unidos montam a sua Lava Jato num hotel da Suíça
A bombástica e
sensacionalista operação da polícia americana num hotel de Zurique não tem
nenhuma relação com seus apregoados propósitos: é apenas mais uma cortina
de fumaça destinada desrespeitar o direito internacional e mostrar quem é
que manda no mundo, ao mesmo tempo em que tenta impedir que seu aliado
Israel seja expulso da Fédération Internationale de Football Association
(FIFA) por atitudes antiesportivas.
23 de maio de 2015
Hitler
e Mussolini estão vivos e passam bem
Setenta anos depois da II Guerra Mundial
e quase um quarto de século após o fim da Guerra Fria, assistimos a uma
verdadeira reversão de expectativas.
15 de março de 2015
Traiganme la cabeza de Vladimir Putin, Nicolás maduro, Luís Ignácio da Silva, Evo Morales, Rafael Correa y Cristina Kirchner!
Seria grotesco se não fosse assustador. Depois de terem linchado Muammar
Kadhafi, os neocons de Washington, chamados por uns de Senhores do
Universo e por outros de cowboys com armas atômicas, voltam-se agora
para novos alvos.
11 de janeiro de 2015
Desde há algum tempo, historiadores, sociólogos e pensadores vêm observando o progressivo declínio em que mergulha o Ocidente, com a contínua perda dos seus mais elevados valores. Entre muitos outros, Eric Hobsbawm e Marc Ferro já consideraram que a grande era do Atlântico das navegações, das conquistas e do longo período do colonialismo está chegando ao fim. A atual recessão da Europa tende a agravar ainda mais o quadro, especialmente quando muitos países da União Europeia voltam a recorrer às guerras coloniais, com resultados catastróficos para a paz mundial. Continua
22 de dezembro de 2014
Cowboys
com armas atômicas
O futuro dirá se o reatamento das relações diplomáticas entre Estados
Unidos e Cuba foi um simples gesto de relações públicas, um
reconhecimento da importância do país caribenho ou a primeira etapa de
uma estratégia já concebida para a instauração de um novo governo ‒
certamente mais favorável aos Estados Unidos ‒ na ilha.
De qualquer
forma, as primeiras reações do governo cubano foram no sentido de que
não estava embevecido por tamanha generosidade ianque. A calorosa
recepção aos três antiterroristas que permaneceram presos por 16 anos no
gulag americano deve ter reavivado no povo cubano a consciência do
tratamento que os Estados Unidos vêm dispensando ao regime socialista
por mais de meio século.
24 de julho de 2014
O que os corrompidos meios de comunicação brasileiros e internacionais
não dizem
Mantido em silêncio
pelos órgãos de informação submetidos aos interesses da política
belicista dos Estados Unidos e dos delírios genocidas de Netanyahu, o
acordo de paz proposto pelo Hamas e a Jihad Islâmica foi ‒ como se
previa ‒ recusado por Israel.
Segundo o diário hebreu Maariv, uma fonte importante palestina confirmou
que o Hamas e a Jihad Islâmica estariam dispostos a assinar uma trégua
de 10 anos com o governo de Tel-Aviv uma vez satisfeitas dez demandas
consideradas essenciais para a autonomia de Gaza. São elas:
1. A retirada dos tanques militares de Israel da área da cerca da fronteira, de forma a permitir que os agricultores de Gaza possam ter acesso aos seus campos de plantação para cultivá-los. Continua
18 de julho de 2014
Falsas
bandeiras e cortinas de fumaça
A quem interessava o recente sequestro de três adolescentes nos assentamentos ilegais de Israel? Certamente não ao Hamas e ao Fatah, organizações que tem uma posição de liderança nos territórios ocupados de Gaza e da Cisjordânia e que, após um longo período de disputas e conflitos, haviam acabado de celebrar um acordo para um governo de unidade.
Embora a ação
tenha sido negada com veemência por esses movimentos, foi com muita
surpresa que o mundo viu o primeiro ministro de Israel acusá-los como
culpados pela ação e, em seguida, deflagrar uma violenta operação de
bombardeio que já matou até o momento mais de 200 seres humanos, 80 %
deles inocentes civis, mulheres e crianças em sua maioria.
out
3 de março de 2014
Dark Color "Revolutions"
Speaking about the United States, the
great leader of the Cuban Independence, José Martí, said once: "I know
the monster because I had lived inside its guts". Based on this comment
− which took place in the second half of the 19th century − we might
understand how the American interference in Latin America dates back to
such a long time.
During the 20th century the US did even worse than during Spanish-Cuban War: they toppled dozen of elected governments − from Guatemala, in 1954, to the most recent case of Paraguay, in 2012 − besides supporting lots of dictatorships like that of Sargent Fulgencio Batista – who took over the power in Cuba aboard an American warship – and the clan of the Somozas, in Nicaragua, to the Brazilian and Argentinian generals, and in addition shot Allende, Omar Torrijos, sacked the natural resources of many countries, etc.. Continua
9 de setembro de 2013
Mais uma mentira, mais uma guerra
Para
quem se acostumou a inventar mentiras para justificar agressões
militares contra países como o Vietnã do Norte, o Iraque, o Afeganistão,
entre outros, não é surpreendente que os Estados Unidos estejam agora
fabricando mais esta esfarrapada aleivosia contra a Síria, o que lhe
dará a oportunidade de despejar alguns milhares de novos mísseis de
última geração no país árabe.
O que parece surpreendente é que desta vez não contam com apoio da Inglaterra e que seu presidente se mostre cada vez mais tímido e inseguro, quase envergonhado por se sentir empurrado pelo lobby judeu e a indústria da guerra para mais uma aventura militar em que, contrariamente a outras oportunidades, poderá enfrentar um povo e um exército mais organizados e coesos..Continua
23 de novembro de 2012
O mundo no trapézio
Assim como o colapso do socialismo real na antiga União Soviética, em 1991, marcou o fim do antigo milênio, um outro desabamento, o das torres gêmeas do World Trade Center na cidade de Nova York, em 2001, estabeleceu o início do século 21. A clara conexão entre esses dois acontecimentos aparentemente tão díspares determinou a atmosfera de insegurança, turbulência, instabilidade política e de confrontação militar que caracterizou os primeiros anos do novo milênio. Continua
28 de agosto de 2012
Drogas, histeria e barbárie entre os novos cruzados do Ocidente na Síria e na Líbia
O Réseau Voltaire divulga as imagens de um massacre perpetrado contra uma família que se recusou a colaborar com os fanáticos muçulmanos armados pelos Estados Unidos, OTAN, Arábia Saudita e Qatar que estão no momento destruindo a Síria. Como já foi observado várias vezes, estes combatentes mercenários originários de outros países da região, são arrebanhados em regiões muito pobres, possuem um nível cultural e de escolaridade extremamente baixo e fazem do ofício de matar um instrumento da sua própria sobrevivência.
Como observa o
jornalista Thierry Meyssan, dado o enorme grau de paroxismo e violência que
a sua ação comporta, somente podem praticar estes atos depois de ingerir uma
grande quantidade de drogas pesadas.
21 de julho de 2012
Qualquer semelhança não é mera coincidência
O jornalista Thierry Meyssan, do Réseau Voltaire, anuncia que a batalha de Damasco deve se iniciar nas próximas horas. De acordo com o analista, ela foi precedida pela entrada na Síria de 40 mil a 60 mil mercenários, que começam a ocupar pontos estratégicos na capital.
Esses grupos muito bem armados oriundos do
Iraque, da Líbia e do Líbano são compostos por militantes da Al Qaeda e
soldados dos exércitos regulares da Arábia Saudita e do Qatar que contam
com a assessoria técnica e equipamento de guerra dos Estados Unidos e da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A Turquia também
desempenha um importante papel como coordenadora da operação e base de
operações.
18 de julho de 2012
A torta de maçã da globalização neoliberal
18 de
março de 2012
Nascido como um meio de comunicação de massas, o cinema sempre esteve ligado ao poder.
O celebrado slogan There is no business like show-business (Não há melhor negócio do que o entretenimento) é apenas uma das expressões que caracterizam esta relação de mútua sedução.
Em Hollywood, onde essa usina de sonhos encontrou a melhor forma de
expressão, as estrelas – verdadeiros deuses do Olimpo – aspiram à beleza
e à fama eternas, cercadas por muitos e sofisticados objetos de
consumo.
Se o cinema anseia pela beleza e o sucesso, necessita ainda mais do poder político. Continua
15 de março de 2012
Estados Unidos, OTAN e Israel: Meu Ódio Será Tua Herança
Quem observa com atenção a história da Europa, dos Estados Unidos da América e dos povos semitas pode constatar que a violência não é estranha ao seu passado. Ainda no século 20, enquanto os europeus do rei belga Leopoldo II barbarizavam o Congo, americanos bombardeavam os filipinos e judeus massacravam palestinos para retirá-los de aldeias onde haviam vivido por séculos.
Desde o início do novo milênio, não se passa um dia sem que o eixo Estados Unidos/Organização do Tratado do Atlântico Norte/Israel desfira petardos contra diferentes regiões do planeta, matando ou mutilando dezenas de seres humanos. Essa postura política vem chamando a atenção de analistas e líderes mundiais, a ponto do atual primeiro-ministro e futuro presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter se referido recentemente a um “culto da violência”. Continua
24 de outubro de 2011
O “honorável” Barack Obama
A divulgação da correspondência recente entre
Muammar Kadhafi e alguns dirigentes mundiais revela detalhes pouco
conhecidos.
Ao nosso filho,
o honorável Barack Hussein Obama,
Como eu afirmei anteriormente, mesmo que – Deus permita que isto não aconteça – haja uma guerra entre a Líbia e a América, você continuará a ser meu filho e eu ainda continuarei a amá-lo. Eu não quero mudar a imagem que tenho de você. Todo o povo da Líbia está comigo, pronto a morrer, até mesmo as mulheres e as crianças. Nós estamos lutando contra nada menos do que a Al Qaeda, no que eles chamam de o Maghreb Islâmico. É um grupo armado que está combatendo da Líbia à Mauritânia, e ao longo da Argélia e do Mali... Diga o que você faria se os encontrasse ocupando as cidades americanas pela força das armas?
Desde o início do milênio não se passa um dia sem que o eixo Estados Unidos/Organização do Tratado do Atlântico Norte/Israel desfira petardos contra diferentes regiões do planeta, matando ou mutilando dezenas de seres humanos. Essa postura política vem chamando a atenção de analistas e líderes mundiais, a ponto do atual primeiro-ministro e futuro presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter se referido recentemente a um “culto da violência”. Continua
22 de outubro de 2011
Começam a ficar claros alguns detalhes da operação que assassinou o líder líbio Muammar Khadafi.
A visita da secretária de estado americana
Hillary Clinton a Trípoli poucos dias antes não se destinou a emitir uma
ordem para sua captura mas, na verdade, a fornecer os dados obtidos pela
CIA sobre sua localização e a coordenar a operação que levou à sua
execução.
Em entrevista a um
canal de televisão, a secretária de Estado dos Estados Unidos, que o
jornal Pravda de Moscou chama
de "a bruxa malvada do Ocidente", riu folgadamente quando foi informada
da morte do dirigente. E parafraseando o ditador romano Júlio César,
assegurou.
20 de outubro de 2011
A neo-sionista Hillary Clinton visitou Trípoli
recentemente e, na cidade, declarou extasiada:
– A Líbia é um país dotado de imensas
riquezas. Vamos ajudar seus habitantes a se livrar da dependência do
petróleo e a explorar todo o potencial do país.
4 de setembro de 2011
Imagine o seguinte cenário: um grupo separatista
fortemente armado assume o controle militar do Rio Grande do Sul e proclama
a independência do estado.
22 de agosto de 2011
Relato do jornalista Thierry Meyssan, do
Réseau Voltaire, presente em
Trípoli, dá conta dos últimos acontecimentos ocorridos na capital líbia.
"No sábado, 21 de agosto, às 20:00 horas, ou
seja quando a hora do Iftar marcava a quebra do jejum do Ramadã, a
Aliança Atlântica lançou a Operação Sereia.
19 de agosto de 2011
A agência de notícias Reuters está anunciando que a ONU pede a todos os cidadãos estrangeiros que deixem a cidade de Trípoli, na Líbia. A nota – como todas as informações desta agência – é ambígua e contraditória. Ao mesmo tempo em que diz que as forças rebeldes apoiadas pelo Ocidente estão de aproximando da capital, a agência dá conta de que estão sofrendo pesadas baixas impostas pelo exército de Khadafi. Continua
9 de maio de 2011
O jornalista Alexander Cockburn levanta uma hipótese impressionante: se um bombardeio líbio – por um acaso – tivesse conseguido burlar a estreita vigilância das baterias antiaéreas britânicas e – na linha da mesma estratégia utilizada pela OTAN, que considera um líder político de um país inimigo como um alvo de guerra – bombardeasse a cerimônia de casamento do príncipe William e da duquesa Kate, inúmeras figuras da realeza, e inclusive a noiva, poderiam ser abatidas e estimadas apenas como "dano colateral", embora o primeiro-ministro e o príncipe – na sua condição de oficial da Organização do Atlântico Norte – pudessem até escapar ilesos.
Como se sabe, a explicação apresentada pela OTAN, ao justificar o
bombardeio da casa de Saif Al-Arab Kadhafi – que o matou, assim como a
três de seus filhos menores – concluiu que a ação foi plenamente legal
embora não tivesse atingido o seu objetivo final, que era o assassinato
de Khadafi.
17 de junho de 2011
A velha guerra de baixa intensidade
A prometida
prosperidade do capitalismo neoliberal não se confirmou. Vinte anos
depois do colapso do socialismo soviético, as antigas potências
coloniais da Europa, os Estados Unidos e o Japão mergulham em uma
abissal crise econômica.
29 de abril de 2011
Um artigo de Manlio Dinucci no
Il Manifesto,
da Itália, publicado no último dia 22 de abril , lança algumas luzes
sobre os obscuros motivos da intempestiva invasão da Líbia por algumas
potências coloniais. À parte as já conhecidas razões de ordem
estratégica – reservas de petróleo estimadas em 60 bilhões de barris e gás natural
calculado em 1 bilhão e meio de metros cúbicos – os grandes fundos soberanos do pequeno país africano também
teriam atraído o apetite dos abutres do novo colonialismo
americano-europeu.
17 de março de 2011
Saqueando a Líbia
Quase cem anos depois do início da Primeira Guerra Mundial, cujo desdobramento de eventos mereceu da historiadora norte-americana Barbara Tuchman o epíteto de “a marcha da insensatez”, políticos sem nenhum escrúpulo, chefes militares ambiciosos e oportunistas de todas as espécies parecem levar o planeta a um novo conflito global. Em meio a uma imensa crise econômica, guerras civis disseminadas por vários países do Terceiro Mundo, a destruição dos últimos recursos naturais da Terra e a iminência de uma nova catástrofe nuclear, a falida Organização das Nações Unidas (ONU) decide em sessão relâmpago ampliar ainda mais a área de conflitos do planeta e declarar guerra a uma nação do norte da África. Continua
11 de fevereiro de 2011
Por 30 anos, o Exército e Hosni Mubarak
reprimiram as manifestações populares, encarceram e mataram os
opositores do regime e impediram a livre expressão de pensamento no
Egito.
Agora, aproveitando-se de um movimento amplamente popular no País, os Estados Unidos mandaram as Forças Armadas derrubar o velho parceiro Mubarak e prometer exatamente aquilo que impediram por tanto tempo: liberdades democráticas, eleições livres e críticas da oposição. Continua
1º de dezembro de 2010
Wikileaks
A revelação de mais de 250 mil documentos pelo
site Wikileaks, a maior parte deles já contendo
informações de conhecimento do público, deve ser vista com cuidado e
analisada com muita atenção. Emerge naturalmente a velha pergunta de
origem latina: A
quem beneficia?, já que percebe-se nos documentos
uma clara intenção de mostrar o apoio que Israel e os Estados Unidos
desfrutam no mundo árabe para um possível ataque ao Irã. Embora o plano
– hoje já disposto nos seus menores detalhes e em marcha acelerada – não
seja explicitamente mencionado, os papéis filtrados mostram uma estreita
relação de Israel com vários países árabes e um amplo consenso entre
eles, quando não um verdadeiro apoio logístico para um devastador ataque
à República Islâmica.
26 de novembro de 2010
Os novos piratas
O anúncio do novo conceito estratégico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deve ser encarado com seriedade e temor por todos os povos – em razão dos perigos que representa para a paz mundial.
Além de se
constituir numa excrescência jurídica e política – já que a aliança militar
assume agora objetivos que não fazem parte do seu âmbito de ação – a
expansão da organização indica de maneira clara a sua intenção de se
sobrepor, subverter e até mesmo negar a existência da Organização das Nações
Unidas como a instituição que congrega os países e zela pela segurança e
harmonia dos povos da terra.
20 de novembro de 2010
Bases militares, McDonald's e Lady Gaga
Carl von Clausewitz escreveu que a guerra é o
último recurso da diplomacia. Nos dias de hoje, poderia dizer que a
estratégia militar é o último recurso da guerra econômica.
Coincidentemente, os recentes acordos de expansão da ação militar da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que acabam de ser
celebrados em Lisboa, revelam uma clara estratégia de dominação projetada
pelos países que se encontram exatamente no epicentro da grande crise
econômica mundial.
19 de novembro de 2010
Nuvens sombrias se movimentam sobre o horizonte europeu, ameaçando a economia mundial. O poder destrutivo do sistema financeiro, cujo efeito de contaminação se alastra, parece ser um monstro gerado pelo neoliberalismo que como nas superproduções de Hollywood ressurge sempre no momento em que é eliminado.
Desta vez é a Irlanda – há pouco mais
de 15 anos apresentada como o paraíso onde a maior parte da indústria
farmacêutica e de informática se instalou – hoje transformada no novo
cenário da crise econômica e financeira mundial.
22 de junho de 2009
A revolução em videoclipe
Em Moscou, depois de fazerem uma manifestação
diante do túmulo de Stalin, jovens militantes chineses são agredidos pela
polícia soviética. No dia seguinte, na sede da embaixada chinesa e diante
de toda imprensa ocidental (especialmente repórteres de Life, France Soir,
etc.), aparece uma pessoa com o rosto completamente enfaixado e que fala
com emoção:
8 de fevereiro de 2009
O novo Muro de Berlim
No prefácio do livro
Os últimos combates
de Robert Kurz, publicado no Brasil pela Editora Vozes em 1997, o
ensaísta Anselm Jappe escrevia textualmente:
O capitalismo está chegando ao fim. A prova: a queda da União Soviética. (...) O colapso dos regimes do Leste não significa o triunfo definitivo da economia de mercado, mas um passo ulterior em direção ao ocaso da sociedade mundial da mercadoria.
Mais de dez anos
depois, a crise financeira americana, que se espalhou rapidamente pela
Europa e Ásia, expõe a primeira grande derrota do modelo neoliberal. Por
outro lado, os gigantescos muros que separam Israel da Palestina e os
Estados Unidos da América do território do México, e a carnificina deixada
em Gaza após sua invasão por forças do exército de ocupação sinalizam a
nova estratégia que começam a assumir as guerras coloniais. Essa
estratégia se acentua à medida que a crise se agrava e as potências
dominantes têm necessidade de se apossar de uma maior quantidade de
território e de recursos estratégicos dos países periféricos.
7 de janeiro de 2009
O genocídio como política de Estado
A enorme exibição de força destrutiva aplicada por Israel no bombardeio e invasão do território palestino, depois de um prolongado cerco de quinze meses que impediu a entrada de comida e o abastecimento de água e luz, pode na verdade ser também uma demonstração de fraqueza.
A escolha da data
da ação militar – três dias após o marco histórico milenar em que os
cristãos rememoram o nascimento do Filho de seu Deus – mais tarde entregue
pelos judeus à autoridade romana para ser executado – não esconde a
tentativa de criar um fato político que leve à vitória do Kadima, partido
no poder criado pelo general Ariel Sharon, nas próximas eleições. Situado
em segundo lugar nas pesquisas, atrás do Likud, agremiação de extrema
direita de Benjamin Netanyahu, e assolado por acusações de corrupção
contra o primeiro-ministro Ehud Olmert, o Kadima necessita exorcizar os
fantasmas dos colonos judeus trazidos principalmente da Europa Oriental
sob o argumento da Terra Prometida – ainda que isso se faça com o emprego
de uma monumental força militar – e estabelecer a paz em uma região
conturbada por longos anos de conflito, mesmo que esta possa ser a paz dos
cemitérios.
27 de outubro de 2008
A vida sequestrada
8 de outubro de 2001
Fragmentos de um manuscrito: diário de uma guerra fabricada
O primeiro dia depois dos ataques
americanos ao Afeganistão, um dos países mais pobres da terra. Será esse o
começo de uma nova era? Rumores de uma possível guerra bacteriológica nos
Estados Unidos da América (EUA), não muito diferente das que os americanos
fabricaram em Cuba, no Vietnã e em outros países do planeta. O feitiço
estará se voltando contra o feiticeiro? Fala-se de um novo tipo de
conflito: a guerra assimétrica, enquanto o cenário de medo parece ser a
atmosfera que nos reserva o futuro.