Escrito durante um período de mais de 10 anos, o livro comenta ao longo de 256 páginas alguns importantes temas do novo século/milênio e antecipa outros que viriam a se tornar cruciais no futuro, entre eles a importância das pandemias, fabricadas ou não, para a montagem de uma estratégia de tomada de poder e como laboratório de controle do comportamento humano.

Tomando como ponto de partida a nova realidade criada pelo ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center, em setembro de 2001, os 39 artigos do livro tratam das lutas pela independência da América Latina, o colapso do socialismo na União Soviética, as invasões do Oriente Médio pelos Estados Unidos, as tentativas de controle da Internet, as guerras híbridas e as revoluções coloridas com o propósito de desestabilização de governos discordantes, o papel da OTAN como um agente do novo colonialismo, as revelações do Wikileaks e o protagonismo dos meios de comunicação e das redes sociais na criação de realidades virtuais e de notícias falsas, assim como a permanente desestabilização a que é submetida, de forma constante, a realidade política e social brasileira.

Preocupado em entender a atmosfera psicológica e cultural que emergiu com as novas tecnologias digitais, A Vida Sequestrada examina também alguns aspectos da obra de cineastas como Luís Buñuel, Glauber Rocha e Lars Von Trier e procura compreender o papel do cinema, tanto no contexto da indústria de Hollywood – que trabalha para reafirmar o projeto de dominação política e cultural norte-americana − quanto no caso brasileiro, especialmente quando este se volta para a nossa realidade e contribui para a formação de uma consciência nacional de seus cidadãos. 

 

Sérvulo Siqueira