Dona Flor e seus Dois Maridos: Samba Cinematográfico

 

1943. O mundo está em chamas, o mundo sangra, mas no Brasil e na Bahia é ainda, longe da grande conflagração européia e asiática, o tempo do carnaval. E o carnaval faz suas vítimas, como o caro Vadinho, freqüentador de botequins e bordéis, grande folião e o feliz marido de Dona Flor.

Vadinho se esgota tanto durante o carnaval que Dona Flor termina viúva. Ela se casará novamente, depois de um doloroso luto, com um farmacêutico gentil, doce, sensual e tímido. Mas Vadinho continua a visitar seus sonhos e freqüentemente reaparece, nu, em plena vitalidade. Dona Flor, depois de alguns instantes de virtuosa resistência, se entrega a esta reencarnação, sempre casta e pura, uma vez que com seus dois maridos ela só faz apenas se submeter ao dever conjugal.

O original é um romance de Jorge Amado. (...) Certamente, Amado tem a seu crédito obras melhores do que Dona Flor, como seus grandes romances sobre O Cavaleiro da Esperança (biografia bastante lírica e muito romântica de Luís Carlos Prestes, secretário-geral do PC brasileiro, que também fez sua longa marcha, sobre o café, o cacau, as grandes crises econômicas, as grandes convulsões sociais brasileiras. Amado prolongou essas sagas da América Latina num tom menor, através de uma série de romances populistas e mais ou menos picarescos ou ao estilo de Marcel Pagnol.

Bruno Barreto se serviu desta matéria-prima literária, rica e colorida, engraçada, burlesca, magnífica em sua intensidade e em seus excessos, para fazer um filme que só faz lembrar este teatro de marionetes (não estão aqui os tradicionais fios compridos mas, de preferência, amarras melodramáticas e cômicas, alternadamente) sobre o qual Arnaldo Jabor já havia baseado seu admirável Toda Nudez Será Castigada.

O filme de Barreto não atinge a riqueza, a personalidade verdadeiramente excepcional do filme de Jabor, próximo da obra-prima barroca. Mas isto não impede que Dona Flor seja um filme muito bom, engraçado e saboroso, sensual e tão preciso na evocação dos gestos de amor quanto no respeito escrupuloso ao cenário, às ruas da Bahia, às velhas casas da Bahia, às cores vivas assim como às pinturas um pouco berrantes. E é também uma evidente sátira da pequena burguesia. Os corpos e as coisas vivem aqui, palpitam, se agitam diante de nós num belo samba cinematográfico. O ainda muito jovem Bruno Barreto nos prova que o cinema brasileiro, apesar de.todas as suas dificuldades, ainda tem sangue quente em suas veias.

Albert Cervoni, Humanité. Paris. Tradução de Sérvulo Siqueira

 

IRRESISTÍVEL

 

"(...) Somente no Brasil, terra de encantamentos e de feitiçarias, onde a religião católica vive em boa harmonia com o vudu, é que tais aventuras são possíveis. O grande escritor Jorge Amado narrou-as num romance e Bruno Barreto as transformou em filme:Dona Flor e Seus Dois Maridos, cheio de vida e humor, onde a concupiscéncia e o pecado da carne assumem cores encantadoras, sob o olhar indulgente do vigário.

Se as noites extravagantes de Vadinho são, um pouco, sempre as mesmas, e se o coro das comadres reaparece com freqüência, há tanto bom humor na pintura desta pequena burguesia brasileira que cometeríamos uma injustiça se recusássemos nosso prazer. Este ar de samba é irresistível."

Michel Mohrt, Le Figaro, Paris. Tradução de Sérvulo Siqueira

 

A RESTAURAÇÃO

 

O Cinema Novo morreu para sempre? 0 sucesso que obteve no Brasil o filme de Bruno Barreto (recorde absoluto de renda) parece feito de propósito para demonstrá-lo. E o fato de que o produtor seja o pai de Bruno, Luís Carlos, nos anos 60 alferes do cinema independente (ler engajado), é uma confirmação a mais: cinematograficamente falando, foi iniciada no Brasil a restauração. O que não quer dizer necessariamente que os filmes produzidos hoje sejam menos belos que aqueles de Rocha e Guerra, mas apenas que são diferentes. (...)

O que restou dos velhos temas do sertão caros ao Cinema Novo? Praticamente nada. Apesar do título, o verdadeiro protagonista do filme é Vadinho, o malandro de muita literatura brasileira, o ideal que grande parte da pequena burguesia cultiva para si da completa liberação individual, atingível através de um comportamento irreverente.

Nos últimos dez, quinze anos, mudou o panorama político do Brasil: era lógico que também mudasse o cinematográfico. Voltaram à moda as chanchadas, a comédia popular dos anos 40 e 50 construída sobre canções (e em Dona Flor, a música de Chico Buarque merece uma menção especial), atualizada por um tom desabusado e um pouco de sexo.

De sua parte, Bruno Barreto, de 22 anos, introduziu uma linguagem especialmente colorida, deu uma piscada de olho aos desejos do macho e escolheu um grupo de atores, a começar de Sônia Braga, todos muito expressivos; a receita justa para o sucesso.

II Giorno, Roma. Tradução de Sérvulo Siqueira

 

HABILMENTE TRAMADO

 

"Estamos em fase de vacas magras no cinema, e por isso não podemos nos fazer de difíceis: indicamos para os nossos leitores filmes que, sem aspirarem ao Olimpo, são honestos produtos destinados a não iludir o espectador médio, quer dizer, os noventa por cento do público. Em primeiro lugar. Dona Flor e Seus Dois Maridos, filme brasileiro de um diretor muito jovem, Bruno Barreto, de 22 anos. Quando falamos de cinema brasileiro, pensamos imediatamente num cinema do gênero engajado, aquele de Ruy Guerra e de Glauber Rocha, belo e difícil, com seus problemas do Nordeste; mas, desta vez, estamos diante de uma obra descomprometida e picaresca, ambientada na Bahia e extraída de um romance do venerável Jorge Amado, escritor-monumento nacional, depois de ter sido algum tempo deputado comunista. Dona Flor é um bom livro (na Itália foi editado pela Garzanti) e o recomendamos a todos como exemplo de uma narrativa cuja única problemática é o divertimento do leitor: se não tivesse outras qualidades, esta já seria um sinal de coragem numa época em que se tem vergonha de sorrir e fazer sorrir.

Eis, portanto, Dona Flor, ou melhor, Dona Florípedes, esposa por sete anos daquele que os mais sensatos consideram ter muito pouca coisa de bom, um devasso, um indivíduo sem consciência, jogador e que não pode ver um rabo de saia: Vadinho é, em suma, o pior dos maridos mesmo numa cidade de vistas largas como a Bahia de 1943. E ela, Dona Flor, pobrezinha, diretora de escola de culinária, burguesa casta e tímida, é apesar de tudo atraída por aquele marido cheio de vícios, que tem, no entanto, o grande mérito de conservá-la alegre na cama e fora dela, com seu impudor alegre e malicioso. Um mau dia, exa tamente durante o carnaval (e o filme começa precisamente com uma bela seqüência sobre este mítico carnaval da Bahia, ao mesmo tempo esquálido e faustoso), Vadinho morre.

A bela viúva não sabe se deve chorar ou se alegrar: e sobre seu túmulo, por sugestão de uma velha feiticeira, deposita um maço de velas derretendo, que poderão fazer retornar para si o desaparecido consorte. Passa o período do luto e Flor se casa com um austero, respeitável e tedioso farmacêutico, ao lado do qual logo chora e lamenta o exuberante e louco Vadinho: e Vadinho, uma noite, lhe reaparece. Nu como um verme, mais zombeteiro que nunca, e somente visível para ela. Numa situação deste gênero não é difícil prever o que vai acontecer: Vadinho retoma a ardorosa Flor (em quem a honestidade, como é natural, não exclui uma grande sensualidade) e triunfa sobre o legítimo segundo marido, chegando mesmo a possuir Flor no leito conjugai onde também dorme o farmacêutico. Vadinho nem sequer renuncia, como espírito, ao demônio do jogo, continuando a apontar, através de uma pessoa intermediária, para o 17 na roleta. Quando Flor o interroga para saber como se sente no além, responde somente com um lacônico "Deus? Deus é gordo", que exprime claramente seus limitados interesses e sua mentalidade. Nos dias de festa, então, Flor sai da igreja de braços dados com o consorte e o marido morto, completamente nu e, mais do que nunca, invisível.

 Filme habilmente tramado e de ritmo admirável, Dona Flor e Seus Dois Maridos tem o único defeito de permancer abaixo da obra literária da qual foi extraído: quanto ao resto, há seqüências que nos fazem esperar muito da futura carreira do jovem Bruno Barreto. Otimamente delineada a mistura de esquivo desejo da protagonista, interpretada por Sônia Braga, viúva reservada e ardorosa; Vadinho é José Wilker, e o farmacêutico Teodoro, Mauro Mendonça, nomes que não nos dizem muito mas que devem ser citados. Ótima a música de Chico Burque sobre o cenário in-convencional de uma imprevisível Bahia."

Ângelo Selmi, Oggi, Roma. Tradução de Sérvulo Siqueira

 

ALEGRIA DE VIVER

 

"Premiada com uma menção especial do último festival de Taormina, a comédia que o jovem diretor Bruno Barreto extraiu do romance homônimo de Jorge Amado, editado em versão italiana pela Garzanti, oferece aos apreciadores uma pequena viagem de prazer ao Brasil. Não ao duro Brasil do Cinema Novo mas àquela quintessência da imagem alegre que é a Bahia, onde o povo e a burguesia se liberam de inibições e medos num jogo fantástico e malicioso. Com imensa raiva dos muitos que desejavam que o povo, esmagado pelos calcanhares dos militares, somente pensasse na revolução e não perdoam a Amado, ex-prêmio Stalin, haver "traído a esquerda" ao exaltar a alegria de viver dos brasileiros. Mas, ao contrário, o seu romance, como também Teresa Batista Cansada de Guerra, pertence a uma narrativa muito política, que utiliza a perspectiva realístico-fantástica típica do país e propõe uma análise social que não afasta a pobreza da presença do sorriso. (...)

 Apesar de filho do produtor que restou do Cinema Novo, Bruno Barreto (a quem se deve uma versão brasileira de Nasce Uma Estrela) oferece um filme simpaticamente ligeiro, brincalhão e inteligente. Precisamente porque, como se dizia, ambientando a ação em 1943 e estabelecendo entre as peças um paralelo com hoje, pesquisa com fina ironia a fantasia irreverente dos brasileiros de sempre, e sobretudo das mulheres constrangidas à pudicícia das regras burguesas. Somente um feminismo histérico, como aconteceu na França, pode acusar esta história de fantasmas, na qual se defende o direito da mulher ao prazer da alcova, de ser um filme machista e reacionário."

Giovanni Grazinni, Corriere della Sera, Roma. Tradução de Sérvulo Siqueira

 

DUAS LEITURAS

 

"(...) Conhecemos do cinema brasileiro sobretudo os dramáticos filmes de denúncia e de protesto de Glauber Rocha e Ruy Guerra, perseguidos e proibidos no seu próprio país. Este é, ao contrário, um filme ligeiro, desbocado e fantasioso, extraído do romance do sangüíneo Jorge Amado, um escritor bastante conhecido até na Itália (sobretudo por Teresa Batista Cansada de Guerra). O jovem diretor Bruno Barreto, em seu terceiro filme, é um autor ao qual se deve prestar atenção: sabe verdadeiramente narrar através de imagens e consegue tornar até melhor (embora com mais ênfase na primeira parte do que na segunda) aquele misto de ironia e vulgaridade, de cumplicidade intelectual e voluptuoso desleixo plebeu, que está na base da narrativa de Jorge Amado. Desta vez, a censura no Brasil não proibiu e, uma vez que não há ideologicamente nada de suspeito, deixou correr a novidade e as muitas cenas audaciosas.

 Mas é numa segunda leitura que o filme, me parece, vai além da amável e complacente viagem em torno da moral tradicional. Pensemos na situação da história: estamos em 1943, em plena guerra, da qual não se dá o menor indício; trata-se de uma pequena burguesia mesquinha e bisbilhoteira, beata e formalista; impera o mito do sexo e do machismo; a mulher é sempre uma marginal submissa em trepidante espera da homenagem viril; os negros chafurdam na miséria, no tabu e na magia; as casas dos burgueses brancos são decorosas e limpas, mas basta sair um pouco dos seus quarteirões e logo aparecem sórdidos barracos indescritíveis; e de sua realidade limitada a inquieta Dona Flor somente se evade ilusoriamente com um sonho erótico. É um quadro, para além do brilho de uma zombaria, um tanto hipócrita e desolador. Mas à censura brasileira bastou que as aparências fossem salvas. Ótimos os atores, José Wilker que é o grande amante Vadinho; Sônia Braga, morena e ardente Flor; e Mauro Mendonça, que é o plácido marido traído por um fantasma."

La Stampa, Roma, Tradução de Sérvulo Siqueira

 

RESULTADO IRREGULAR

 

O congelamento da imagem final, convertendo a Bahia em um quadro, e a abertura do filme, através de uma aproximação em direção aos personagens, indicam a intenção de retratar um pedaço de vida daquela cidade. Esta aproximação era transmitida no romance de Jorge Amado por meio de personagens típicos, onde se alternam as mais diferentes características. O vagabundo, carinhoso e descarado Vadinho; o poeta Clodoaldo, sempre bêbado e metido em roupas amarrotadas; dona Flor, uma mulata sensual com uma firmeza de espírito para lutar contra si mesma se fosse preciso; um marido formal e arcaico que combina sua profissão de farmacêutico com a música clássica; Epaminondas Martins de Azevedo, mais conhecido por Cazuza Funil, um amigo que junto com a mãe oferece também um insulto. Os diferentes matizes que uns e outros apresentam servem para construir (e esta é a maior preocupação do romance) homens e mulheres arrancados das ruas baianas. A Dona Flor de Amado é muito ampla nesse sentido e uma difícil redução de seu conteúdo apresenta vários riscos.

Os perigos mais evidentes estão na simplificação abrupta, ou seja, ficar com um trecho de material para acrescentar outras situações talvez não tão fortes ou, pelo menos, com um valor menor do que poderiam alcançar se fossem ajuntadas com outros trechos. Existe o perigo de fazer um pequeno panfleto folclórico de sabor local e alcances insuficientes. A película se alterna em várias partes, cada uma delas com resultados diversos. Contém uma abreviação enorme da história no princípio; o que era apresentado por Amado em dois tempos (viuvez: relação de noivado e relação matrimonial) é transformado em um tempo (viuvez: relação matrimonial). O trabalho dos roteiristas Serran e Coutinho consistiu em mesclar o que era determinante no romance Flor-Vadinho com os desastres e acertos matrimoniais. A condensação funciona em vários níveis, embora sempre em uma única linha. Dela resulta um espírito de mau gosto, grotesco e gracioso que irradia uma alegria especial. Sua sustentação é estabelecida pela união das situações mais loucas, nascidas da mente de Vadinho e se convertem numa ponta de lança para eliminar qualquer preconceito ou objeção ao seu comportamento de boêmio. Contudo, o acúmulo de desvarios - que não pretendem descrever um desenvolvimento interno dos personagens - deixa progressivamente de lado a interferência de Vadinho no universo de Dona Flor. Por isso, depois da morte do primeiro marido, Dona Flor fica imobilizada em solo movediço até que uma outra rápida elipse de argumento elimine o risco de uma provável queda.

Este momento assume uma singular importância. Antes dele, conseguia-se retratar o espírito baiano, a raiz popular da qual se orgulha o filme. O exagero com Vadinho faz com que, depois de sua morte, a película escape às mãos de Bruno Barreto. A viuvez e o segundo matrimônio de Flor se sucedem com urgência, porque – conscientemente – os roteiristas escolheram um ângulo a partir do qual se desencadeava a crise do personagem feminino. Escolheram a sátira caudalosa, introduzindo um marido de comportamento arcaico, capaz de olhar sua mulher com simetria tal, como para estabelecer quais são os momentos de desfrute sexual e quais não são. No entanto, Teodoro Madureira – o farmacêutico – não possui as qualidades vitais de Vadinho e permanece numa situação que o filme não sabe expor com critérios mais econômicos. O deslize é salvo com a introdução do primeiro marido, com o fantasma nu de um corpo ansioso de amores, incapaz de abandonar sua mulher, embora ela esteja deitada com outro homem. Nesta parte o estado anímico é maior, embora não atinja a mesma comunicabilidade do começo e o espectador deve resignar-se com alguns cortes na cópia exibida.

De certa forma, o espírito transmitido por Jorge Amado é respeitado no filme. Os resultados irregulares ficam por conta da juventude do realizador Barreto e sua positiva experiência (estreante em 1966 com os Os Três Amigos Não se Separam, curta-metragem, quando tinha 11 anos) e que chega a Dona Flor com 21. Seu sentido impetuoso se nota no filme através de um ritmo desenfreado, ágil, apesar de exótico em alguns momentos. Se não alcança o grau de irreverência necessária para atacar os tabus que asfixiam as inquietudes passionais de Dona Flor, a mão de Barreto é suficientemente inteligente para armar situações de aparente grossura e extrair uma atitude de aceitação, por parte do público, para esta forma de vida bastante peculiar. Se o seu trabalho é desmerecido em seus resultados, isto se deve, em boa medida, à intromissão de cânones próprios das produções tipicamente comerciais (o sentido de grandiloqüência com que molda a viuvez de Flor, a acentuação dramática enfatizada pela banda sonora). Esta espetaculosidade é transmitida pela câmera (Barreto faz a câmera de primeira unidade) que busca ângulos preciosistas quando, por exemplo, está se pedindo uma penetração mais humilde nos personagens. Assim, a falta de aumenta quando surge Dona Flor aceitando os dois maridos, sem os preconceitos e os tons de melodrama – segundo Amado – pequeno-burgueses, os quais Barreto converte em uma marcação desprovida de calor necessário. A senhora Florípedes Paiva Madureira, aliás Dona Flor, permanece, à distância, na cama entre quatro braços masculinos.

Apesar de tudo, é de grande importância  o significado do filme  para o desenvolvimento brasileiro. Dona Flor e Seus Dois Maridos aparece em um momento chave – bem estudado pelo produtor Luís Carlos Barreto – quando o  cinema do Brasil sai para lutar e ganhar terreno no mercado internacional. Neste espírito se explicam, de certa forma, as derivantes comerciais ou de grande produção que abriga. Entre elas, surgiram, com a mesma expectativa, Xica da Silva de Carlos Diegues e Tenda dos Milagres, também baseada em Amado, realizada por Nelson Pereira dos Santos. Películas que – no primeiro caso – não encontraram tanta ressonância  mas que – no  segundo caso –  chegam a níveis qualitativos de impressionante riqueza.

O destino de Dona Flor é mostrar a vitalidade de uma cultura popular e, além do mais, ser a ponta de lança que crava fundo.

Henry Segura, Cinemateca, Montevidéu. Tradução de Sérvulo Siqueira  

Publicada na revista Filme Cultura 33, maio de 1979.

Veja também a crítica deste filme aqui.